RG
OLHAR
COSMOPOLITA
E
Maramgoní retrata a
arquitetura urbana em
exposição no Frei Caneca
Fotos: Luan Almeida e Drika Navarro
m 1972, em São Paulo, nasceu
um dos artistas mais urbanos e
engajados com a cidade do cenário artístico atual. Maramgoní
começou cedo na arte, mas foi
quando se libertou dos padrões
acadêmicos que definiu seu estilo e encontrou seu propósito: o
de unir arquitetura e pintura, desconstruindo em sua abstração cenários já conhecidos, em maioria,
da cidade de São Paulo.
Maramgoní, que já participou
de diversas intervenções artísticas, sendo a última Ear Parde,
de 25 de junho a 23 de julho nos corredores do
Shopping Frei Caneca, estará até 22 de setembro
com a nova mostra “A arte de Maramgoní”, no Piso
Térreo, de forma mais intimista e autoral para comemorar seus 30 anos de carreira. Ela tem como
foco o seu projeto de retratação de paisagens e
pontos turísticos importantes da capital paulista,
como, por exemplo, o Vale do Anhangabaú, a Avenida Paulista e o Edifício Altino Arantes (Banespa).
Além das telas, é possível assistir a um documentário sobre sua descoberta quanto à dislexia, ver uma
coletânea de imagens do artista trabalhando e tirar
fotos com a escultura Mônica na La Belle Époque,
pintada por ele para Mônica Parade em 2013.
Sua visão urbana o fez aprimorar seu olhar para as
luzes e sombras e, com isto, utilizar as cores de forma que mantenham uma linguagem com a constante escolha do preto e branco. Essa técnica também
o aprofundou muito mais no “como é feito” e menos
no “do que é feito” e é isto que faz de Maramgoní
uma personalidade, não só renomada, mas respeitada na arte contemporânea do País.
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